domingo, 22 de agosto de 2010

A vida se passa todos os dias


Um tweet do meu irmão me deixou intrigada. Ele escreveu que "a vida de verdade se passa na sexta/sábado/domingo". Li isso há meia hora. E algo ficou martelando na minha cabeça. Já faz um tempo que faço com que a vida de verdade aconteça todos os dias, porque se vive todo santo dia, certo? Alguém, por um acaso, já leu um mantra que diz que é preciso fazer uma coisa nova-diferente todos os dias? É preciso saber viver, como diz a música escrita por Roberto e Erasmo. Mas sem melancolia da poesia, por favor. Óbvio que não existe tempo para planejar coisas inusitadas todos os dias, mas é importante manter um padrão. Sair do lugar comum é tão importante quanto comer. É algo que nos devolve a paixão e brilho nos olhos. Aí (e só aí) a mesmice sai de plano e dá lugar a qualquer sensação, emoção ou sentimento que seja. Depois que passei a ser autônoma, tive mais liberdade de viver a vida sob este aspecto. Não que ela tenha se tornado melhor. Longe disso! Afinal, as inseguranças são maiores quando se ganha aquilo que se trabalha. Um dia dormindo é um dia sem ganhar, entende? O negócio de faço-meus-próprios-horários, cedeu lugar ao que o livro 'O Ócio Criativo' tanto insiste. Ás vezes derrapo na ideia de voltar ao mercado de trabalho, ceder meu tempo aos horários marcados e reuniões agendadas; penso em ceder meu tempo às pessoas que não valem a pena; penso em perder minhas ideias por medo. Apenas penso. Quando volto à real, abro o livro 'Pai Rico Pai Pobre', ligo o carro e saio correndo em busca da minha autonomia, do meu ócio, do meu novo, das pirações e fantasias. Por isso, e por muito mais, a vida TEM e DEVE se passar todos os dias.

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