quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Me desculpe, mas o bordão tá bem errado.



Estou sem escrever desde segunda-feira. O motivo começou no final da tarde de sábado: uma forte dor na região abdominal. Dor progressiva, a qual fez com que eu parasse no Hospital 9 de Julho. Nem cor na boca eu tinha! Qualquer posição incomodava. Fui atendida rapidamente logo na chegada para também ir depressa à pré seleção. No consultório do Pronto-Socorro, uma médica extremamente atenciosa me ouviu e, como meu pediatra fazia, incluiu nos seus exames clínicos aquelas batidas que só os médicos sabem fazer: colocou sua mão sobre a outra e, como dedo indicador, dava suaves batidas sobre a dorso da outra mão. Ela prescreveu exames de sangue, urina e uma mistura de soro com remédios. Fiquei deitada no leito 12 durante 1 hora até retornar para o consultório para receber a alta, uma receita de Omeprazol e um pedido:
- Você liga aqui na segunda-feira e pede uma consulta com um gastro. Seu quadro é de uma bela gastrite ou agapilore.
Em casa, a dor ainda tomava conta do meu ser. Sem contar que eu não conseguia ingerir alguma comida sem enjoar. Gradivez? Não, bebê! Definitivamente agora não!
Na segunda pela manhã, minha mãe fez o favor de ligar para o mesmo hospital, falando do meu caso e que eu ainda estava com muita dor. Juro que eu não esperava pela resposta que ela ouviu:
- Só tem data para o dia 02/12.
- Mas a minha filha está com dor. Como ela vai esperar até o dia 02?
- Sugiro que a senhora volte com a sua filha ao pronto-atendimento.
Óbvio que foi isso que eu fiz. Óbvio que, mesmo contando tudo para o médico de plantão – e mostrando que estive lá no sábdo – passei pelos mesmo procedimentos (salvo o exame de sangue e urina). Aliás, fiquei boba quando retornei a sala dele e ele perguntou:
- Tá melhor?
- Não doutor. Não estou melhor. Tenho muito mal estar.
- Mas eu não dei Dramin junto com o soro? Deixa eu ver….Não dei. Volta lá e toma Dramin.
Bom, eu voltei, mas minha revolta já era tanta que, ao invés de levar minha ficha para a enfermeira, a coloquei no quadro ao lado da sala dele para ser chamada. E o que se seguiu foi isso:
- Como você está? – ele
- Continuo não me sentindo bem. A médica de sábado pediu que eu procurasse um gastro.
- Você já marcou?
- Liguei aqui e só tem para sexta-feira.
- Então eu te dou alta e você toma esse remédio para ir aliviando a dor.
- Como assim, Dr.? Eu preciso saber o que eu tenho. O que eu tenho? E se eu tiver essa mesma dor amanhã? Eu volto aqui para os mesmos procedimentos?
- Olha, eu não estou aqui para atender paciente mal educada – ele disse
- Com certeza! O senhor está aqui para dizer o que eu tenho. E até agora, eu não sei!
Olhei para a minha mãe e disse:
- Mãe, vamos embora! Eu não preciso de outro remédio. Eu preciso de um gastro ou de uma endoscopia.
Do nada, esse mesmo médico se meteu na conversa:
- Posso tentar te colocar em uma consulta com um gastro o mais rápido que tiver?
- Pode! – nessa hora, quase eu disse: DEVE! ESTUDOU PRA QUÊ?
O fato é que consegui consulta para o mesmo dia, pelo preço de R$ 120,00 (detalhe: o Hospital disse que me plano só cobre exames e internação naquele hospital). Ok, ok…sem mais delengas, afinal, um gastro apareceria na minha frente em 2 horas.
O final de tudo isso é que não sei quem foi o pior: o médico de plantão ou o intitulado gastro. Nem mexeu em mim. Perguntou se eu tinha dor, respondi que sim, e ele:
- Então você tem que ir pro Pronto-Atendimento!
- Dr. eu acabei de sair de lá. Eu preciso de uma endoscopia.
- Como você sabe?
- Por que eu estive aqui no sábdo e a médica de plantão disse que meu quadro é esse.
Ele fez que nem me ouviu. Receitou um remédio que meu pai está tomando depois de inúmeros exames (sim, é o mesmo!!!) e eu fui embora pra casa. Chorando. DE RAIVA dessa gente e de um hospital cujo bordão de comunicação é: Se é GRAVE é 9. Ou seja, o que é grave para eles, hein? A resposta fica muito difícil.

P.S.: minha endoscopia foi marcada para o dia 22/12, no CDB. Detalhe: durante os próximos 15 dias, a contar de antes de ontem, eu tenho que tomar o tal antibiótico (TECTA). Até lá, espero que ele não mascare o meu problema, afinal de contas, eu preciso de um tratamento eficiente, e não de um paliativo para aliviar a questão.

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