quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Meu nome é vermelho


Em uma troca de livro entre o mesmo autor, 'Meu nome é vermelho', de Orhan Pamuk (mesmo autor de 'Neve'), caiu em minha mãos. A princípio, achei meu chato. Mas, como insisto em que não existem livros ou filmes chatos (só depende de um olhar mais aberto à proposta de quem o redigi ou roteiriza), o peguei novamente, desde o começo. E não é que a história acabou se desenrolando de uma maneira surpreendente?
Como aquela brincadeira que existe nas palvras cruzadas Coquetel, onde o autor vai dando dicas para que você mate a xarada, a narrativa vai seguindo. E no desenrolar, o autor dá vida a 19 personagens, entre eles um cachorro, o próprio cadáver, uma árvore e um cavalo. Pois é, piração. Mas uma piração inteligentíssima. Coisa para raros; para poucos.


  • Pequena Sinopse (fonte: o que elas estão lendo?!): o livro alia narrativa policial, história de amor proibida e reflexões sobre as culturas do Ocidente e do Oriente. A trama se passa em Istambul, no fim do século XVI. Para comemorar o primeiro milênio da Hégira (a fuga de Maomé para Meca), o sultão encomenda um livro que representasse a riqueza do Império Otomano, que naquele momento vivia seu apogeu.
    Para provar a superioridade do mundo islâmico, porém, as imagens deveriam ser feitas com as novíssimas técnicas de perspectiva da Itália renascentista. As intenções secretas do sultão logo dão margem a especulações, desencadeando uma onda de intrigas que culmina no assassinato de um dos artistas que trabalhava nas iluminuras do livro.
    Ao mesmo tempo, desenrola-se o caso de amor entre o Negro, artesão que voltara a Istambul após doze anos de ausência, e a bela Shekure.

"Muita gente acham que dá para saber se um miniaturista é bom pelos cavalos que desenha; mas, para ser o melhor miniaturista, não basta fazer o melhor cavalo, é preciso além disso convencer Nosso Sultão e sa roda de cretinos que você, de fato, é o melhor os faz"
P.S.: leva essa frase pra vida pessoal. Não é a mais pura verdade? A maioria não passa de lobby.

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