6 horas dentro do shopping. Intragável. Pareço uma idosa no corpo de uma mulher. Dói aqui, pinça a lombar, pega a nuca, arde o ombro onde carrego minha bolsa e mais algumas sacolas. Mesmo assim, ainda fiquei sem meu all star azul royal. Já não basta a coleção de melissas, agora entro na onda converse. Tudo bem. Uma hora passa. Passei reto pela acessorize, porque não tem nada lá dentro que eu acho horrível. Nem a caneta. Isso sim é um problema. Tá bom, vai! Dei uma entradinha de leve, mas coloquei na minha cabeça que a coleção nova estava um mega exagero. A tática deu certo. Garrafa d´água a tiracolo o tempo todo. Vocês sentem muita sede quando entram em shoppings? Bom, eu tenho muita. Muita sede. Ainda não descobri o motivo ou a relação de uma coisa com outra, mas ando pra cima e pra baixo com uma garrada de água. Taí, toc! Whatever. A praça de alimentação é uma loucura. A moça do McDonald´s, que enche o saco de quem passa faminto, estava vestida de Mamãe Noel. Bizarro. Na fome imensa, a vontade é rir pra não gritar que ela saia da frente "porque eu não tô a fim de Mc, mocinha noela". Comida por quilo. Peguei salada e duas colheres de macarrão. A japonesa atrás de mim ficava esbarrando nas minhas costas para que eu apressasse todo o processo do self-service, mas eu estava morta demais para ser mais rápida. Todas as minhas forças se concentraram para que eu desse apenas uma encarada, tipo: "Dá pra parar, caralh%¨&*?" O cansaço há era tanto no horário que eu nem consegui comer direito. E a preguiça só pensar que a via sacra ainda tinha continuação? Aí, tinha a fila pra pegar o panetone. A famosa promoção do 'Junta-todos-os-cupons-fiscais' pra escolher a lata mais bonita. Dúvida cruel: como levar os tais panetones? Argh.... nessa hora eu só tinha vontade de me jogar no chão.
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