Não sei o que tanto falaram deste livro. Juro que não sei. Não achei a liga da história até agora. Fui até o fim porque tenho sérios problemas de parar as coisas pela metade. Um tipo de TOC, eu sei. Ficção com pitadas de realidade muito forçada e manjada. O autor apela para chegar aos finalmentes que ele deseja. É como se ele desse um roteiro programado. O pior de tudo é que sabemos aonde aquilo tudo vai dar. Não é uma passagem cíclica ou algo criativo, saca? Nesse ponto, Jose Saramago é o mestre dos mestres. Pela sinopse, achei que eu tiraria alguma coisa boa de lição de vida ou auto-ajuda. Na verdade, além de uma frase colocada num post anterior da semana passada, tirei uma passagem. Só. Ah! Tirei três erros de português também. Não que eu seja A suprasumo da língua, mas - como eu mesma dizia em todas as agênias pelas quais eu passei - EU NÃO SOU REVISORA E NÃO ESTUDEI PRA ISSO.
A pontada poética que autor sentiu no meio do texto: "A vida é longuíssima para se errar, mas assombrosamente curta para se viver. A consciência da brevidade da vida perturba a vaidade dos meus neurônios e me faz ver que sou um caminhante que cintila nas curvas da existência e se dissipa aos primeiros raios do tempo. Nesse breve intervalo entre cintilar e dissipar, ando à procura de que, sou. Procurei-me em muitos lugares, mas me achei num lugar anônimo, no único lugar onde as vaias e os aplausos são a mesma coisa, o único lugar onde ninguém pode entrar sem permirtirmos, nem nós mesmo.
Ah! Se eu pudesse retornar no tempo! Conquistaria menos poder e teria mais poder em conquistar. Beberia algumas doses de irresponsabilidade, me colocaria menos como aparelho de resolver problemas e me permitiria relaxar, pensar no abstrato, refletir sobre os mistérios que nos cercam.
Se eu pudesse retornar no tempo procuraria meus amigos da juventude. Onde estão? Quem está vivo? Eu os procuraria e reviveria as experiências singelas colhidas no jardim da simplidade, onde não havia ervas daninhas do status nem a sedução do poder financeiro.
Se eu pudesse retornar, daria mais telefonemas para a mulher da minha vida nos intervalos das reuniões. Procuraria ser um profissional mais estúpido e um amante mais intenso. Seria mais bem-humorado e menos pragmático; menos lógico e mais romântico. Diria mais vezes "eu te amo!". Reconheceria sem medo: "perdoe-me por tropcá-la pelas reuniões de trabalho! Não desista de mim".
Se eu pudesse retornar, daria mais telefonemas para a mulher da minha vida nos intervalos das reuniões. Procuraria ser um profissional mais estúpido e um amante mais intenso. Seria mais bem-humorado e menos pragmático; menos lógico e mais romântico. Diria mais vezes "eu te amo!". Reconheceria sem medo: "perdoe-me por tropcá-la pelas reuniões de trabalho! Não desista de mim".
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