Ontem, a rede Globo transmitiu o filme 'Última Parada 174', após o término da novela das 20h. Fiquei pensando o quanto é válido transmitir um roteiro tão violento quanto aquele em um canal de TV aberta, diante de um povo que não tem o mínimo de discernimento e educação. Fiquei imaginando quantos "vida lôka" estavam assistindo aquilo e o número de policiais que deveriam ser escalados, no dia seguinte, para patrulhar as ruas de todos os Estados desse país de meu Deus. Assim como nos filmes que me deixam sem fala no final de tão bonito e inteligente, especificamente esse, meu deixou tonta, tremendo e com uma sensaçaõ que beirava o pânico. Isso porque eu estava no conforto da minha casa, sentada na sala com minha família e L. Aliás, fiquei surtada enquanto L. não me ligava dizendo que chegara em casa. Pode um troço desses? Não lembro os sonhos que tive nessa noite. Só lembro que foi um sono agitado, cheio de vira-pra-cá-vira-pra-lá. O rosto dos dois Alês do filme não saem da minha cabeça. E a parnóia é tanta que vim para a agência de vidro fechado, torcendo para que nenhum semáforo fechasse e uma moto parasse do meu lado. Ó, sobe até um frio na espinha só de falar do assunto! Não atribuo culpas. Esse texto não é sobre isso. Esse texto, na verdade, é um desabafo. Um desabafo de cansaço de quem passou 5 anos em tratamento depois de ser assaltada a mão armada 2 dias seguidos por um bando de maenor de idade. Quer dizer, quem disse que eu saía de casa?
P.S.1: L. disse que este filme ganhou um prêmio num festival do Canadá. Eu pergunto: por quê?
P.S.2: ouvi um comentário inteligente sobre tudo isso: em um país troipal como o Brasil, o que fazia um picador de gelo dentro da penitenciária? O pior de tudo é que não deve ter havido invenção alguma.
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