terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quando o dia virar noite



Atualmente estou ficando sem fôlego nos filmes que assisto. Acho que preciso equilibrar com doses de comédia romântica água com açúcar pra não ter um treco de vez. Foi assim com Apocalypto. Não fiquei exatamente com falta de ar, mas extremamente nervosa (ansiosa) com o roteiro esplêndido. Quando Mel Gibson quer, ele mostra porque veio. Tudo é sensacional: figurino, fotografia, enredo, áudio e a criação de um dialeto próprio. A mão vai suar, a perna vai se encontrar com aquele tique nervoso em que ela não consegue ficar parada, a boca vai ficar seca e não tem motivo para levantar e pegar um mísero copo d´água. Não dá pra não perder o ritmo. Acho que é como uma festa rave para os amantes de música eletrônica, como uma orquestra para os ouvidos mais afinados ou como um livro bom para aqueles que amam viver emoções através de palavras. Como assim eu deixei 2007 passar sem ter visto essa obra-prima? CO-MO?

  • Sinopse: 
Apocalypto conta a história de Jaguar Paw (Rudy Youngblood), um homem que teve sua vida, tranqüila, abruptamente mudada por uma violenta invasão.
Governantes de um império Maia em declínio insistem que a chave para a prosperidade é construir mais templos e oferecer mais sacrifícios humanos e por isso, Jaguar Paw e sua tribo são capturados e levados em uma perigosa viagem a um mundo governado pelo medo e opressão. Com a ajuda do acaso e guiado pelo amor a sua esposa e família, ele consegue escapar e agora fará uma corrida desesperada para voltar a casa e tentar salvar a tudo o que mais ama.



Depois da overdose de adrenalina, essa foi a cena em que chorei. Meu respiro.


Um pouco de História para ajudar a história
por Marcelo Forlani para O Omelete

Durante as pesquisas sobre o povo maia, Gibson descobriu alguns possíveis motivos que causaram a queda do império que dominou a região da América Central e se estendia do México a El Salvador. O consumismo, a devastação do meio-ambiente e a ganância por poder estão entre eles. Para construir prédios cada vez maiores, hectares de florestas eram derrubados. Sem as árvores, a lama corria para o pântano, diminuindo a qualidade do solo e gerando piores colheitas. Os reis, que acreditava-se ter um contato direto com os deuses, faziam oferendas, utilizando até mesmo humanos. E para manter sua mordomia, tributavam mais da população, que por sua vez ia se irritando mais e mais.

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