As enchentes mostradas na TV, graças a Deus, nunca tiveram passagem pela minha vida. Se não fosse tão horrível dizer que elas não passam de lenda urbana (coisa que eu sei que existe mas nunca estive perto para ver), eu até diria. Porém, ontem, eu tinha água até os joelhos. É um desespero descomunal, porque você não sabe ao certo o que fazer. Não sabe se fica debaixo de chuva, olhando a água subir; ou se corre para tentar salvar o carro que já está todo lamacento. Difícil. Pulei. Rezando para que os ratos da Vila Leopoldina fossem tão limpos quanto a Bonafonte. Torci para que eu não pisasse em algum buraco, afinal de conta, é impossível ver alguma coisa. Tá tudo tomado de água! E fui andando em direção ao carro também rezando para que o estrago não fosse tão ruim. Não foi. Meu milzinho e eu enfrentamos o maior alagamento de nossas vidas. E só me senti limpa mesmo logo depois que saí do banho e lambuzei minhas pernas e pés com todo álcool em gel que eu tenho direito. Deus me livre de uma próxima vez! (bate na madeira 3 vezes, plis!).
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