Digo isso porque, quando Lady Gaga sobe no palco e faz aquilo a que veio fazer, ou seja cantar, seu público vai ao delírio e sai feliz por ter pago seja lá qual for a quantia do ingresso. A crítica de seu show em Portugal foi ES-PE-TA-CU-LAR. Não contente com todos os elogios que a apontavam como algo a mais do que um mero produto da indústria fonográfica, ela simplesmente arrasou em NY. É por essas que, preconceitos a parte, acho que virarei fã da musa Poker Face. Duas horas ininterruptas de show, com direito a trocas de roupa e coreografia suada. Mas a afinação continuava ali, no grau esperado.
Ao contrário de Amy Winehouse, que demostrou completa falta de repeito com o público que estava ontem no Arena Anhembi e chegou a pagar R$ 500 pela pista premium. Apesar do que indicava todos os jornais sobre seus shows anteriores, eu e L. estávamos lá. No maior estilo blasé, ela cantava e, creio eu, se perguntava o que estava fazendo ali. Só pode! O show foi horrível, sua voz estava totalmente fora de compasso com a banda (oras antes, oras depois), sem contar as vezes que o microfone estava na China e ela estava aqui, no Brasil. Ela não tinha sentido de direção do negócio. Depois de 6 músicas, a topetuda fugiu para o backstage e quem segurou a platéia foi seu back-vocal-show-man, que cantou 2 músicas compridérrimas para aliviar a tensão. Tensão do público e dela mesma, eu acho. Quem viu Amy há 3, 4 anos atrás, viu. Naquela época em que ela tinha vontade e prazer de fazer justamente aquilo a que veio ao mundo: mostrar sua garba e elegância como diva soul promissora aos quatro cantos do universo. Hoje, ela está perdida. Ao léu. E leva sua banda junto. Tomara aquela gente talentosa saia correndo desse grande Titanic. Os botes salva-vidas estão à disposição. É só pegar um.
Nenhum comentário:
Postar um comentário