domingo, 16 de janeiro de 2011

Lady Gaga é um show!




Digo isso porque, quando Lady Gaga sobe no palco e faz aquilo a que veio fazer, ou seja cantar, seu público vai ao delírio e sai feliz por ter pago seja lá qual for a quantia do ingresso. A crítica de seu show em Portugal foi ES-PE-TA-CU-LAR. Não contente com todos os elogios que a apontavam como algo a mais do que um mero produto da indústria fonográfica, ela simplesmente arrasou em NY. É por essas que, preconceitos a parte, acho que virarei fã da musa Poker Face. Duas horas ininterruptas de show, com direito a trocas de roupa e coreografia suada. Mas a afinação continuava ali, no grau esperado.
Ao contrário de Amy Winehouse, que demostrou completa falta de repeito com o público que estava ontem no Arena Anhembi e chegou a pagar R$ 500 pela pista premium. Apesar do que indicava todos os jornais sobre seus shows anteriores, eu e L. estávamos lá. No maior estilo blasé, ela cantava e, creio eu, se perguntava o que estava fazendo ali. Só pode! O show foi horrível, sua voz estava totalmente fora de compasso com a banda (oras antes, oras depois), sem contar as vezes que o microfone estava na China e ela estava aqui, no Brasil. Ela não tinha sentido de direção do negócio. Depois de 6 músicas, a topetuda fugiu para o backstage e quem segurou a platéia foi seu back-vocal-show-man, que cantou 2 músicas compridérrimas para aliviar a tensão. Tensão do público e dela mesma, eu acho. Quem viu Amy há 3, 4 anos atrás, viu. Naquela época em que ela tinha vontade e prazer de fazer justamente aquilo a que veio ao mundo: mostrar sua garba e elegância como diva soul promissora aos quatro cantos do universo. Hoje, ela está perdida. Ao léu. E leva sua banda junto. Tomara aquela gente talentosa saia correndo desse grande Titanic. Os botes salva-vidas estão à disposição. É só pegar um.

P.S.: fora isso, a organização do evento foi uma bosta. Essa tal MONDO ENTRETENIMENTO foge do seu próprio conceito. É só abrir o site da empresa e tá lá: entretenimento de qualidade. Será que eles sabem o que é isso? Qualidade uó! A água acabou antes de Amy entrar; o refrigerante e a cerveja também. E os caixas continuavam a vender fichas, sem saber ao certo o que acontecia nos bares. Quer dizer, não deve ser fácil trazer um evento desse porte para o Brasil. No entanto, quando vem, o público fica à mercê dessa gente sem instrução e talento para o negócio. Não reclamo do preço ultra inflacionado do negócio. Por mais que seja um roubo a mão desarmada, quem tá na chuva numa horas dessas, bora se molhar! O que reclamo é da falta de infra do Brasil. Pior! Da falta de competência dos brasileiros nesse tipo de negócio. Por favor, vão aprender na Broadway, vão!

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