quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Impressões da calça


Ninguém senta; ninguém se mexe. Muita calma nessa hora, afinal, eu sei que estas palavras podem ser confundidas com a abordagem de um assalto. Mas não tem nada a ver. Pelo menos nesse caso. Falo sobre a calça jeans. Propriamente, falo da proporção modelagem X corpo. O fato é que, entre skinnys, jeggings, retas ou "com stretch", as pessoas perderam o senso do porte físico para andarem na moda e não procuraram entender o que as fizeram, obrigatoriamente, aumentar da 38 para a 40 sem ter engordado 1 grama sequer. As modelagens diminuíram. E isso não é de agora. A 36, 38, 40, 42, 44 e assim por diante, jamais voltarão a ser as mesmas dos anos 80 até que alguma lei internacional seja imposta para todas as marcas. O nome disso é fácil, fácil: CHI-NA. Os chineses não só vieram com tudo para diminuir o preço, como também reduziram a modelagem a seu bel prazer, afinal, se cobra menos, gasta-se menos tecido também. Ou você pensa que o 50 centavos de dolar que uma costurareira made in china ganha por dia já é suficiente? NA-DA. Não tem mágina no orçamento. Tem inversão de valores, muita esperteza e excesso de informalidade. Quando tive a oportunidade de fazer meu MBA de Marketing em Moda pelo IBMODA, meu trabalho final foi justamente sobre isso: padronização da modelagem das calças E isso foi em 2001! Nada foi feito. Quem sofre é o corpo, o ego, a falta de senso...whatever.

P.S.: escrevi este texto enquanto esperava o início da sessão de cinema, sentada nos bancos do Shopping Anália Franco. Observei a dificuldade que a mulherada tem de sentar com suas calças jeans. Uma delas nem sentou. A muiézinha se esparramou na cadeira, chegando em uma posição praticamento horizontal ao chão. Outra, ao sentar, cobriu o "cofrinho" com as mãos. O dilema era: continuar com as mãos ali ou terminas seu sundae de chocolate? Difícil, né? Mas teve uma que deixou tudo aparecer, super a favor do esquema quer-ver-pode-olhar.

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