segunda-feira, 19 de março de 2012

Por Marcia Maria de Rizzo

ESQUECER DA VIDA



Esquecer da vida. Soa engraçado, pois isso é impossível. A vida não é passível de ser esquecida, mas sim de ser experimentada em toda a sua plenitude. A vida é rir, chorar, amar, odiar, invejar, ter compaixão, correr, pular, dançar, amar, cantar muito, cantar no chuveiro, chorar de alegria ao ver um filho nascer, pular carnaval, beijar quem amamos, abraçar quem amamos, ajudar quem precisa, sentir, sentir, e sentir.
Mas, a vida é também agir, agir de acordo com as palavras que dizemos, durante o ano todo. É interessante ver como algumas pessoas esperam um feriado importante para serem alegres e se divertirem, rirem, dançarem e amarem. Elas vão ao supermercado e compram tudo o que gostam, e pegam a estrada. E agem como se tivessem tirado do bolso um documento que as autoriza a se libertarem das coisas que, no decorrer do ano, as impediram de alcançarem a felicidade tão desejada. E bebem para que possam ser alegres e felizes.
Por que não serem felizes e satisfeitas durante todo o ano, e não somente nos feriados? Será que não conseguem resolver seus bloqueios para conquistarem a liberdade de alma? Qual é a mágica dos feriados que nos torna mais soltos e felizes? Nenhuma.
A felicidade se conquista, não vem de comidas, bebidas ou farras ocasionais. Ela é um estado de SER, um estado que se conquista com muita consciência e honestidade em relação às próprias dificuldades. Ela começa quando temos a coragem de nos olhar com olhos de compreensão pelas falhas e erros, e continua quando decidimos mudar nossas atitudes negativas.
Não é esquecendo que seremos felizes, mas sim lembrando, lembrando de nós mesmos.

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