terça-feira, 6 de novembro de 2012

MM


Mais uma vez recorro às palavras de Martha Medeiros para me inspirar, respirar e perder a razão. Pelo menos eu tento perdê-la, porque coragem, no fundo, não há. Recorro aos textos para sentir a liberdade dessa prisão capitalista que corrói a minha alma artística (se é que existe algo de artista que emana dos meus poros). Um dia vou dar de louca e estampar minhas paredes com os textos que mais tiram meus pés do chão e calibram minha alma. Os mesmos que fazem minha cabeça ir além, meu peito apertar até dar uma vontade imensa de chorar por ter clara a ideia de que eu não pertenço a um lugar específico, um espaço determinado ou uma cadeira onde eu tenha que sentar todos os dias. Assim como ela declama Vinicius de Morais, eu declamo Martha. Declamo a ousadia, recito o louco sábio, pronuncio o subversivo e incentivo o imprevisível.
Não, não estou naqueles dias sangrentos. Estou em um dia qualquer, onde quero viver livremente a excentricidade que só eu vejo e sinto.

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